A Patagônia argentina é uma região geográfica formada pelas províncias de Rio Negro, Neuquén, Chubut, Santa Cruz e Terra do Fogo. Estendendo-se do Oceano Atlântico à Cordilheira dos Andes, seus parques, lagos, florestas, serras nevadas e geleiras fazem da região um grande destino turístico, principalmetne as regiões de Santa Cruz e Terra do Fogo, as mais procuradas. Localizada em uma planalto no sul do país, se destaca o clima predominantemente frio e úmido. A paisagem é composta por florestas,geleiras e lagos. O significado de Patagônia vem de Pé Grande, devido aos nativos que foram confundidos com gigantes pelos primeiros exploradores.
Para chegar a Patagonia Argentina, a principal entrada será via Buenos Aires e uma parada de dois dias na ida ou na volta é roteiro inevitável. Os pontos turisticos obrigatorios são a Recoleta (bairro nobre que abriga muitos atrativos e onde está localizado o cemitério em que estão sepultadas diversas personalidades, com destaque para Evita Perón), Teatro Colón (a mais importante sala de espetáculos de Buenos Aires inaugurada em 1908 e um dos teatros de ópera mais famosos do mundo), Puerto Madero (bairro mais jovem e um dos bairros mais exclusivos e caros da cidade, convertido em um centro de expansão comercial e de negócios e um dos locais onde é possível encontrar os melhores restaurantes, discotecas, cinemas, centros culturais e instituições de ensino), El Caminito (uma das ruas mais pitorescas e mais visitadas de Buenos Aires, considerado um museu à céu aberto), San Telmo (bairro antigo, associado à arte, à boemia, aos antiquários e o tango, abriga a famosa feira de San Telmo e diversos bares para todos os gostos), Palermo (o maior bairro de Buenos Aires, considerado o pulmão da cidade devido aos seus diversos parques e jardins; oferece também uma grande variedade de lojas de arte, bares, boutiques, teatros independentes, lojas de antiguidades, ateliers, milongas de tango, restaurantes e night clubs, onde você pode aproveitar durante o dia, mas especialmente à noite).
Em Palermo, na rua Republica da Índia, 2843 (ao lado do jardim zoológico) você encontrará um restaurante que, na minha opinião é a Itália dentro de Buenos Aires. O Guido’s Bar é único e impossível de imitar. O sistema de servir à mesa com diferentes entradas e massas com comida variada, rica e de boa qualidade nos leva a uma atmosfera de um típico bar, um pouco caótico e apertado, mas é isto que o torna diferente, divertido e de decoração cheia de ícones do mundo e habitantes locais. Guido é um italiano da Calábria que adora o que faz e faz muito bem, por isto quando for peça o “Prato do Pato”. Pato é um amigo de Guido que certo dia pediu um prato diferente. Guido não pensou muito e criou o um Macarrão com molho de camarões, limoncello, creme de leite e amendoas. Fez tanto sucesso que virou um prato importante da casa que apareceu até em um programa do canal Discovery Travel & Living. Mas não é só isto; qualquer coisa que você pedir será especial e com um atendimento especial.
Evite voar Aerolineas Argentinas do Brasil para Buenos Aires. Nos trechos internos quem opera é a Austral Linhas Aéreas, uma subsidiaria da estatal Aerolineas, bem mais organizada. Outra alternativa é a LAN (do Chile) que também opera de Buenos Aires para algumas cidade do interior, o que é uma opção de melhor nível, mas de preço mais alto. Se voar pela estatal Aerolineas você não escapará de over-book, confusões, funcionários estressados e aeronaves apertadas.
É uma pequena cidade localizada na província de Santa Cruz, próxima a fronteira com o Chile com aproximadamente 5.500 habitantes. É a cidade mais próxima ao Parque Nacional ds Glaciares, a cerca de 80 quilômetros, onde localiza-se a maior geleira em extensão horizontal do mundo: Glaciar Perito Moreno que encontra-se constantemente em evolução com diminuição de sua área devido ao aquecimento global. A maior atração é o extraordinário Parque Nacional dos Glaciares fundado em 1937 e declarado patrimônio da humanidade em 1981. Possui extensão de 725 mil hectares. Nele se localizam os glaciares Perito Moreno, Upsala, O'nelli, Spegazzinni, entre outros. São imponentes sentinelas de neve depositados por séculos em suas origens, no alto da cordilheira dos Andes. Descem por extensões de que chegam a 170 km. São formados basicamente de neve compactada, possuindo milhares de nuances do branco ao azul. Na sua maioria, terminam no lago Argentino, onde se fragmentam desde farelo de gelo à grandes icebergs, descendo lentamente o leito do lago até seu derretimento. Os glaciares movem-se até um metro por dia, atritando-se violentamente com o terreno, moldando-o e lançando no lago sedimentos finissimos,que ficam em suspensão na água, formando o leite dos glaciares.
Os pratos principais em El Calafate são a truta do lago e o cordeiro patagonico e os preços são bem abaixo das espectativas. A avenida principal se chama Av. Del Libertador, lá estão localizados os melhores restaurantes e a maioria serve o cordeiro e a truta como pratos principais. Um vinho da Patagonia para acompanhar não é nada mal, mas na minha opinião considero os de Mendoza melhores! Já as temperaturas variam muito da noite para o dia. No verão, podem chegar a 20ºC durante o dia e a 10oC à noite. No inverno, ficam entre 5ºC e 15oC de dia e abaixo de OºC ao anoitecer. Se por um lado o clima seco da cidade torna a sensação térmica mais agradável, por outro, o vento forte e constante acaba neutralizando esse efeito. No geral, é bem frio na maior parte do ano. Independente da época, leve roupas para o frio ou compre lá.
Imperdivel é o passeio de barco pelo lago argentino. A empresa responsavel pelo passeio é a Fernandez Campbell e pode ser agendado diretamente no hotel, com uma organização e precisão surpreendente, sem falar no atendimento de primeira. A aventura consiste em um trecho de ônibus saindo de El Calafate, percorrendo uns 50 Km até o porto de Punta Bandera. De lá parte um barco bastante grande que acomoda confortavelmente umas 150 pessoas. O barco navega pelo Lago Argentino o dia todo com uma tripulação bem atenciosa, serviço de bar e ótimo atendimento ao turista. A navegação percorre alguns "braços" do lago em direção ao Glacial Upsala. No caminho existem diversos icebergs flutuando livremente. A água de um verde leitoso do lago contrastando com as montanhas escuras com neve no topo e o azul dos icebergs cria um visual muito bonito.
O barco visita também o Glacial Spegazzini e outros glaciares menores sobre as montanhas terminando o passeio com o Glacial Perito Moreno, o mais conhecido e visitado. Uma imponência que chega a impressionar. Mesmo no verão não deixe de levar roupas quentes, pois com o deslocamento do barco pelas geleiras a sensação térmica é muito baixa. Protetor solar também é fundamental, pois o sol refletindo no gelo branco queima mesmo no frio.
Recomendo também o “mini trekking” no Glacial Perito Moreno. Também pode ser agendado no hotel, onde de forma precisa os operadores buscam os interessados de ônibus, percorrendo uma distancia de mais ou menos 80 Km até o Parque Nacional Los Glaciales. Lá o ônibus dá uma parada no caminho onde é possível vislumbrar outra face do Glacial Perito Moreno. 5 minutos para fotos e a aventura segue até um porto pequeno onde um barco leva até a margem posta, onde uma cabana no meio do mato prepara os aventureiros para a caminhada até a beira do glacial. Lá são distribuídos grampos para colocação sobre os calçados que evitam a queda sobre o gelo liso. Uma vez sobre o glacial, dois guias orientam o grupo por uma caminhada de mais de uma hora, terminando em uma interessante parada no meio do glacial para saborear um whisky com gelo de mais de 500 mil anos!
Uma sugestão de hotel bom e barato em El Calafate é o Hotel Kau Kaleshen. Bem no centro da cidade e junto das lojas e restaurantes, próximo a avenida principal, lá você terá um otimo atendimento onde é possivel solicitar inscrição nos passeios com antecedencia e dicas de lugares interessantes. Junto funciona uma casa de chá que é muito legal, principalmetne no fim de um dia frio.
Capital da Província da Terra do Fogo, é conhecida como a cidade mais austral do mundo ou a cidade do Fim do Mundo fica localizada as margens do canal de Beagle. De fato, apenas a pequena localidade chilena de Puerto Williams está mais ao sul. A cidade pode possui cerca de 74 mil habitantes e também o porto de águas profundas mais próximo da Antártida. Seu nome provém do idioma indígena yámana: us (ao fundo) e uaia (baía). A cidade foi fundada em 12 de outubro de 1884 sobre as costas do Canal de Beagle e rodeada pelos montes Martial e Olivia, da cordilheira dos Andes, e pelos férteis vales glaciais.
No início do século XX foi construído nas proximidades da então aldeia de Ushuaia o célebre Presidio de Ushuaia, que funcionou de 1902 a 1947. Posteriormente passou para as mãos da Marinha Argentina e, após um longo tempo de abandono, foi transformado no Museo do Fim do Mundo. O museu exibe, entre outras curiosidades, a linha de ferro mais austral do mundo, que conduzia os presos do Presidio de Ushuaia aos campos de trabalho situados no atual Parque Nacional Tierra del Fuego. Recentemente a linha de ferro foi reativada com propósitos turísticos, conectando o terminal, situado no parque nacional, com a Baía de Lapataia a poucos metros do Chile.
Dicas:
Outro passeio interessantes em Ushuaia é a visita ao Parque Nacional Tierra de Fuego. Um serviço de vans busca o turista na porta do hotel, deixando este na estação do Trem do Fim do Mundo. Este percorre a entrada do parque por um caminho de aproximadamente uma hora, podendo voltar ao ponto de origem ou deixar o turista em um ponto onde a van o levará até a Baía de Lapataia onde termina a Ruta 3 argentina. De lá é possivel seguir caminhando uns 4 km passando por varios pontos interessantes do parque até o camping onde a van estará esperando para levar de volta ao hotel no horario que você prefierir. Tudo muito bem sincronizado e bem organizado.
Não deixe de passear de barco pelo Canal de Beagle. Com saidas diarias do porto, você pode escolher duas alternativas. O passeio completo que visita o farol de Ushuaia (muitos confundem com o Farol do Fim do Mundo que se imortalizou na novela de Julio Verne e fica a 240 km de Ushuaia), a ilha dos lobos marinhos, ilha dos pinguins, ilha dos passaros e a Baia lapataia. Na alternativa de menor tempo você visitará apenas as ilhas dos lobos, do farol e dos passaros. O mais curto dura aproximadamente tres horas e o mais longo seis horas. Ambos permitem um visual incrivel de toda a baia de Ushuaia e do canal de Beagle.
Não deixe de conhecer o antigo presidio de Ushuaia que virou museu. Lá será visto um pouco do passado da cidade e como viviam os condenados que eram mandados para o fim do mundo. Um passeio de uma hora em um onibus de dois andares ao estilo ingles termina neste museu. Custa 35 Pesos Argentinos por pessoa e permite conhecer todo o centro da cidade com uma ótima orientação.
Não deixe de experimentar o prato principal de Ushuaia: Centolla (ou King Crab, conhecido no Brasil como caranguejo gigante). Você encontrará centollha no hamburguer, centollha como molho no peixe (a merluza negra é o melhor), centolla ao natural (cozida com limão) e cazuela de centolla (na cumbuca). Dos restaurantes que servem tanto centolla, quanto merluza negra, indico a Tia Elvira na Av. Maipú, 349 (em frente ao porto).
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2 comentários:
muito lindo!
muito legais tuas fotos, ed!! estive em calafate e chálten em 2003 fazendo trekking. ah, sou filha do pedro azevedo, o velhinho da montanha. tenho um blogue, o www.cucadeprata.blogspot, onde descrevo tb minhas viagens. abraçao, bea
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